Para Passos Coelho, neste país já mais que devassado, só há empresas e empresários.
Trabalhadores é coisa que não existe. E digo "coisa" porque é assim mesmo que este governo de elites de malfeitores vê estes últimos, os que ainda não caíram no desemprego, em estágios manhosos, em trabalho precário ou que ainda não foram obrigados à emigração. O que importa, deixou-o muito claro Passos Coelho, é diminuir ainda mais os custos do trabalho, isto é, continuar a investir na escravatura, em ordenados de miséria e em austeridade ainda mais agravada. Por outras palavras, pela cartilha neo-liberal e de absoluta insensibilidade social, as chamadas "gorduras" estão, sim, e definitivamente, no trabalho e na redução do seu custo, no firme propósito de alimentar o empresariado mais obeso. Nada mais ideológico, nada mais revoltante. Já só a muito custo se pode ouvir esta gentalha sem que apeteça atirar o comando à televisão. Como se vê, a canalhice não tem limites e a vergonha, essa, foi coisa que nunca houve em gente doutorada no seu contrário.

  • Abel Torres

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“Nem rei nem lei (…) Este fulgor baço da terra / Que é Portugal a entristecer”, já dizia Pessoa

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